Trabalhar nos Estados Unidos é seu sonho? Veja as dicas
O especialista Leonardo Freitas, da Hayman-Woodward, dá os conselhos
Por Bárbara Nór
Cursos e especializações ajudam
"Pessoas
que trabalham e tem uma especialização são sempre bem vindas", diz
Leonardo. Ele explica que quanto mais for especializada a sua área de
atuação, mais fácil é encontrar um emprego nos EUA, especialmente em
indústrias e em áreas de pesquisa e desenvolvimento. "Os laboratórios
aqui pagam salários absurdos", diz. Mas outro ponto que ajuda bastante é
ter vários cursos extras, inclusive de temas que não sejam diretamente
relacionadas à sua área de atuação. Apesar de gostar dos especializados,
eles também valorizam a experiência diversificada e desenvolvimento de
competências que sejam fora da sua atuação.
Trabalho em equipe
No
trabalho e em comunidade, a colaboração e trabalho coletivo são super
importantes nos Estados Unidos. “O estereótipo de que um quer passar a
perna no outro no escritório não é verdade”, diz Leonardo. “As pessoas
se ajudam muito, inclusive na vizinhança, quando você chega, todos
querem te conhecer, vão te oferecer uma comida de boas vindas”. Por
isso, saber ser prestativo e com um pensamento voltado ao coletivo tanto
no seu bairro quanto na empresa são fatores super importantes para se
dar bem por lá.
Esqueça o jeitinho brasileiro
“Não
tem margem para esses jeitinhos, para a corrupção”, diz Leonardo.
Segundo ele, muitos brasileiros não entendem isso no exterior e buscam
maneiras de pagar menos imposto de renda, por exemplo. Mas nos Estados
Unidos, além de pegar muito mal, você provavelmente será pego e vai ter
que se virar com a justiça. “Não pode colocar o dinheiro na conta da
mãe, isso aqui é crime e muito mal visto”. Outra coisa que não dá para
fazer é contar meias-verdades em entrevistas de emprego, por exemplo,
mentindo sobre experiências ou cursos que você fez. E isso vale na hora
de emigrar também: não faça planos para dar “um jeito” de ficar no país
sem ser a forma estritamente legal. Ser pego como imigrante ilegal pode
acabar com suas chances, e mesmo impedi-lo de visitar o país como
turista por um bom tempo.
Entenda o papel dos servidores públicos
Na
hora de lidar com burocracias e de tirar documentos como o sonhado
green card (documento que garante sua residência legal no país), é fácil
se estressar com quem está na outra ponta representando as autoridades.
Mas é preciso ter paciência, tratá-los com cortesia e entender que eles
estão cumprindo um papel. E também estão ali para ajudar. “Sair
demandando coisas deles e criando briga não vai dar certo e vai
atrapalhar sua imigração”, diz Leonardo.
Diferenças culturais devem ser respeitadas
Muitos,
quando chegam ao país, têm a impressão de que os americanos são frios,
por exemplo, porque não são tão abertos e informais como os brasileiros.
Mas, na verdade, só têm uma maneira diferente de se relacionar com as
pessoas e de formar os laços. Outro engano comum é demorar a entender
que o costume brasileiro de ser flexível em relação a horários e prazos
não cabe no estilo americano. “O foco aqui é sua obrigação, e sempre na
hora e dentro do prazo”, diz Leonardo. Ter isso claro é essencial para
poder trabalhar nas empresas daqui e não ser mandado embora.
Valorize seu espírito empreendedor
Além
de o americano valorizar muito o lado empreendedor nos funcionários e
nas pessoas, ter uma empresa pode ajudar a se mudar para os Estados
Unidos. Abrir uma subsidiária do seu negócio de mais de 2 anos nos EUA,
por exemplo é uma possibilidade para obter o green card.
Fique de olho nas áreas que têm mais oportunidade
Olhar
sempre quais são as tendências e oportunidades ajuda a aproveitar
oportunidades únicas para se mudar para lá. Segundo Leonardo, as áreas
que estão atualmente em alta são as de serviços em geral, como
contadores que saibam lidar com novas regras tributárias e acordos do
Brasil e EUA ou advogados especializados em áreas como a de família.
Outra área com demanda é a médica e farmacêutica, especialmente para
cirurgiões de alto nível. “Tem hospital que oferece o green card de
imediato se você tiver as competências de que eles precisam”, afirma
Leonardo.
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