Como líderes e organizações podem se beneficiar da inteligência emocional
Se um profissional conhece suas emoções e trabalha com elas, terá uma percepção da realidade expandida
Por Irene Azevedoh*
Inteligência
emocional é um conceito relacionado com a chamada "inteligência social"
presente na psicologia e criado pelo americano Daniel Goleman, que em
1988 publicou seu primeiro artigo sobre inteligência emocional e a
liderança.
Resumidamente,
um indivíduo que é emocionalmente inteligente consegue identificar as
suas emoções com mais facilidade. Então fazemos a seguinte pergunta: o
que isto tem a ver com a sobrevivência nas organizações em tempos de
crise?
Podemos
responder olhando sob duas óticas: a do indivíduo e a da organização,
que como o próprio Goleman menciona em seu artigo com Richard Boyatzis,
publicado pela Harvard Business Review em setembro de 2008, sobre
inteligência social, já se começa a estudar o que acontece com o cérebro
quando as pessoas interagem, informando que líderes “top performers”
têm em média mais bom humor e riem mais do que os de desempenho mediano.
Continuando
esta análise, ainda sob a ótica do indivíduo, e concordando com o
mencionado por Goleman, se um profissional conhece suas emoções e
trabalha com elas, terá uma percepção da realidade expandida,
facilitando suas interações com os diversos níveis da organização.
O
que isto significa? A resposta tem diversos itens a serem considerados:
ter maior empatia, estar mais antenado com os sentimentos dos outros,
não temer o autoconhecimento, ter atitudes criativas, afetivas e
conciliadoras, estar sempre de bom humor e também ser mais intuitivo.
Com
todos estes atributos, no seu relacionamento do dia a dia, terá a
oportunidade de identificar oportunidades e de se relacionar melhor com
todos os públicos da empresa. Na hora da crise, este profissional
estará, com certeza, mais preparado e, consequentemente, a organização o
observará com olhar diferenciado.
E para a organização que privilegiou uma liderança com altos índices de inteligência social?
Ela
só tem a ganhar, pois conseguirá sair mais rapidamente da crise à
medida que sua liderança obtém um desempenho melhor de seus liderados,
navegando com eles por este mar de oportunidades que a crise
proporciona, de forma alegre, suave, mas efetiva e assertiva também.
Com
a inteligência emocional que está relacionada à social, ganha o
indivíduo, ganham as organizações e ganhamos todos nós, seres humanos!
*Este artigo é de autoria de Irene Azevedoh, diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança da Consultoria LHH.
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